quarta-feira, 13 de abril de 2011

Meu herói.



Passei a minha infância querendo ter os super poderes do He-man, dos Changermans e do Super Homem. Eu sempre me imaginava salvando o mundo dos mais terríveis vilões e resgatando a mocinha no fim. Salvei muitas garotas, derrotei monstros em cavernas, em terríveis lutas próximas a vulcões e até mesmo em outros planetas. Mas, herói mesmo eu sempre tive um.

Foi ele quem me batizou e que partiu primeiro de Dom Silvério para tentar a vida em Belo Horizonte. Foi ele o primeiro homem que vi chorar e mesmo assim o achava forte.

Foi ele quem me ensinou que sorriso e bom humor são essenciais para fazer amigos. Foi ele que me mostrou que com humildade e honestidade sou respeitado em qualquer lugar.

Foi ele quem me disse que devemos fazer tudo sem esperar nada em troca, que por mais que tudo pareça difícil há de melhorar. Foi por conta dele que recebi meu primeiro castigo na escola, apliquei uma  das suas piadas quando pedi a professora do pré-primário para ir ao banheiro bater um “barro”.

Foi ele que abriu as portas da casa quando resolvi sair da pequena Dom Silvério. Foi ele quem me levou ao Mineirão para ver o Fluminense jogar.

Foi ele quem ficou por ultimo quando o meu pai morreu e ajudou a tampar a cova. E me disse que esta foi à forma que ele encontrou para agradecer o primeiro emprego.

E eu hoje, adulto, sei que ele é muito mais forte do que qualquer super herói  e que vence fácil o Super Homem em uma queda de braço. E se ainda busco ter super poderes, são como os dele, que eu quero ter. Foi ainda menino que eu descobri que é como o Tio Ângelo, que eu sempre quis ser.