sábado, 9 de maio de 2009

Meu primo Matheus.


Quando se é criança os primos tem grande valor. Eles geralmente tendem a ser bons amigos, não pedem emprestimos e seus pais sempre confiam neles.

Foi em 1990 que eu conheci o Matheus, filho da tia Anginha. Ele morava em Belo Horizonte e eu, ainda vivia em Dom Silvério. Ele foi com sua mãe passar uns dias em nossa casa. Ficamos amigos muito rápido e após vários acontecimentos com as meninas da cidade, Matheus se encontrou apaixonado, tomou um fora e voltou chorando para a capital.

Me mandou algumas cartas perguntando da menina, dizendo que estava malhando e que começaria a usar lentes de contato. Após três anos de paixão acumulada, Matheus resolve voltar a Dom Silvério e se declarar de vez.

Bom, na época, aos meus 13 anos, eu fiz uma poesia com a épica história que aconteceu com o Matheus em seu retorno a Dom Silvério em busca do seu amor. Peço apenas desculpas pelas rimas, eu ainda era muleque, mas é muito engraçado como consegui contar todos os acontecimentos vividos pelo meu primo.

Poema do amor perdido.

Desde de pequeno um estranho,
com o seus óculos a olhar;
Um dia foi à Dom Silvério,
e o destino o fez amar.

Foi-se embora um dia,
e de seu 1º amor não esqueceu;
Malhou por 3 anos seguidos,
até que a saudade o venceu.

Voltou muito mais forte,
e ninguém o reconheceu;
_ Que homem bem malhado! Diziam,
e ele nada respondeu.

Trazia em sua grande mente,
um único e simples pensamento.
Encontrar a sua bela amada,
e pedi-la em casamento.

Quando ele a encontrou,
o seu coração se partiu.
A sua amada tinha outro,
e junto dele o seu chão sumiu.

Começou a chorar de raiva,
dizendo não querer mais viver.
Matheus, mulher tem para todo lado,
basta não muito escolher.

Com essa frase linda,
uma flecha atravessa o céu.
Acertando o seu nobre coração,
deixando-o mais doce do que mel.

Com um sorriso de susto,
para a garota Mesmice ele olhou.
Deu uma de interessado,
e um pequeno anel ele comprou.

Depois de todo o "circo" armado,
para trás do palco com ela ele foi.
Pensou consigo mesmo:
_ Antes ser touro do que boi!

Com esse pensamento machista,
a garota Mesmice ele beijou.
_ "Foi o melhor garro dela!"
Depois ele espalhou.

Depois dos beijos dados,
para as nuvens foi flutuando.
Tome cuidado rapazinho,
você está se apaixonando.

Até que novamente um dia,
a vida doce passou.
Triste, sozinho e apaixonado,
para a sua terra ele voltou.

Eh meu primo,
a vida é muito dura;
Não tem rémedio para essa dor,
e ninguém quer achar a cura!

Fim



4 comentários:

Aninha disse...

Como sempre vc é um doce!!!
Ah, t indiquei um MEME de filme, tô curiosa p saber qual vai escolher, vai lá no meu blog.
Bj.

Priscila Costa disse...

droga, você me humilhou com esse poema!

hahahaha

Muito bom, e engraçado.
Fico triste por ter perdido meus caderninhos de historinhas e poemas de quando eu era criança.
Pelo menos ainda tenho 17. Talvez ainda seja cedo...

Tania Capel disse...

nossa, sames...
teu blog tá lindo!!!!
show!

adorei o poeminha...
vou procurar uns inscritos de infãncia, tb... a gente é tão feliz, né?!

bom, voltei por mundinho!
dá uma passadinha por lá qdo der, ok?!

beijos e saudades!!

Natália Oliveira disse...

Muito engraçado e muito bom o poema. Para uma criança de 13 anos você era bem geniozinho. Adorei!!!