terça-feira, 18 de novembro de 2008

Rato Aurélio o Rato Amarelo



Quando eu ainda tinha meus 16 anos e estudava em Alvinópolis, a professora de português, havia colocado nossa classe em um concurso de livros da cidade.

O projeto era escrever um livro sobre qualquer tema, fazer a capa e os desenhos internos e mandar encadernar. O Melhor livro ganharia uma caneta com dez cores, objeto esse, desejado por todos os alunos. Se eu não me engano, até cheiro tinha quando se escrevia com ela.

Bom, não ganhei a caneta mas, junto com o meu então amigo na época, Kiko, inovamos, fazendo um livro infantil que conseguia rimar todas as frases e juro que isso não foi fácil.

Ontem, mexendo em algumas coisas, achei o livro. Tive uma boa lembrança da minha infância. E hoje, resolvi colocá-lo aqui. Peço desculpas pelas rimas fracas e às vezes sem sentido, mas, volto a lembrar, era 1996 e eramos meninos. Mas a ultima estrofe é legal. Juro.


Rato Aurélio o Rato Amarelo

Como é dura a vida de um rato,
ainda mais, sendo esse rato amarelo.
Cor nada comum para Ratos.
É assim a vida de nosso amiguinho, Rato Aurélio.

Desde pequeno queria crescer na vida,
mas a sua cor o impedia.
Queria ser médico,
infelizmente, isso não podia!

Queria ser astronauta,
mas com um marciano o confundiriam.
_ Que bicho amarelo é esse?
Exclamavam e riam.

Não entendia o porquê, de tanta humilhação,
só porque sou amarelo? Isso não é razão.
Diante disso só teve uma solução,
ir para o laboratório ser cobaia de um anão.

Chegando lá, todos foram perguntar:
_ Quer cor mais feia, não tem vontade de mudar?
A humilhação foi tanta, que deu vontade de chorar.
Sozinho em uma gaiola o coitadinho foi ficar.

Toda aquela pressão ele não ia agüentar,
E resolveu fugir daquele lugar.
E um plano de fuga foi elaborar.
Amanhã, a meia noite e ponto eu vou me mandar!

Distraído estava, alegre a assoviar.
Nem percebeu que o pintor estava a pintar.
Por um simples descuido na lata de tinta foi cair,
Morreu afogado por que não sabia nadar.

Chegando ao céu, assustado ficou.
Todos os ratos tinham a mesma cor.
Percebeu então que a cor não importa.
E sim o interior é que tem valor.

7 comentários:

Aninha disse...

NOSSA!!! Tenho várias coisas para falar:
1 - Eu tinha a tal da caneta e tdas minhas amiguinhas tbém; Amava!!!
2 - Muito bom o que vc escreveu e até assustei; Com 14 aninhos vc já tinha o conhecimento de que raça, religião ... essas coisas apesar de terem um peso enorme prá sociedade para vc não tinha importância; Cara!! Mto bommm!!!
3 - Posso copiar? Preciso escrever sobre isso no meu blog, fiquei locaaa!!! O preconceito disfarsado (ou disfaçado, sorry minha ignorância) impera e isso é ridículo.
Bjsss

Aninha disse...

Ainda não comprei acredita!!!??? as deixa comigo ... meu niver tá chegando e vou espalhar q será um ótimo presente ... rs ...

Rai disse...

ai que fofoooooooooooooo....
Ameiê! não acredito que vc não ganhou. :-(

Rai disse...

ei Sames.
bom eu te aconselho em comer as frutas naturais do que tomar os sucos, pois vai te dar mais saciedade e voce vai ingerir menos calorias. Olha só, uma laranja pera por exemplo, tem 50 calorias, mas se vc for fazer suco, vai ter que usar 3 laranjas, daí ja são 150 calorias so no suco. Melhor vc comer uma laranja. mas os sucos naturais são super saudaveis,mas faça pouca quantidade pois suas principas fontes de vitaminas se esgotam depois de algumas horas.bjim

Carol Santana disse...

oi!achei muito legal o poema!!!!com 14 anos eu pensava em qualquer coisa menos em preconceito...

Acho q vc daria um bom autor de livros infantis!rss...é uma carreira promissora!^^

há valeu pelo comentário no meu blog,foi muito bom saber sua opinião!

Milis disse...

Adoro seus textos...

B. disse...

Adorei!

Lembro de também ter feito um poeminha para um concurso, tenho de cabeça até hoje:

"Era uma vez um duende que inventava
Uma cidade maravilhosa
Que pedia a paz
Que encontrasse um mundo melhor
Para ajudar o duende, teci planos para a vida
Fiz boas ações para o povo
Inventei várias comidas
Abri um baú de surpresas
Vivi várias alegrias
Pena que não era realidade
Era tudo fanstasia..."

Ok, me dê um desconto porque era parte da brincadeira usar algumas palavras pré-definidas, duende e comida eram duas delas....hahaha